Energia reactiva

O que é?

A energia reactiva é a energia responsável pela criação do campo magnético e, como tal, é consumida por todos os equipamentos que, pelo seu princípio de funcionamento, necessitam de campos magnéticos. São exemplo desses equipamentos: os motores, os “balastros” das lâmpadas fluorescentes, as fontes de alimentação de todos os receptores electrónicos, etc.

Esta energia, apesar de não apresentar custos de produção, provoca perdas nos transformadores e nas redes de transporte e de distribuição pelo que o seu consumo apresenta um custo elevado que tem de ser suportado pelos consumidores.

A Energia Reactiva é contada e facturada?

Nos clientes de baixa tensão normal (com potências contratadas até 41,4kVA) a energia reactiva apesar de ser medida, não é objecto de facturação.

Para clientes de baixa tensão especial (com potências contratadas superiores a 41,4kVA), ou para outros níveis de tensão (MAT, AT e MT) a energia reactiva  é objecto de medição e tem um custo cujo valor unitário é crescente com o consumo do cliente. Nestas situações o cliente apenas pode consumir um volume de energia reactiva, sem custos, e durante o período das 8:00 às 22:00horas, não superior a 30% da energia activa que consome no mesmo período e não pode injectar para a rede, sem penalização, nenhuma energia reactiva no período das 22:00 às 8:00horas.

Esta Cooperativa, na sua qualidade de operador de rede de distribuição de energia elétrica em baixa tensão na sua zona de concessão, fatura a energia reativa capacitiva (fornecida à rede)  a clientes BTE no período de horas de vazio (art.º 47.º do Regulamento Tarifário) aos preços fixados, anualmente, pela ERSE através de Diretiva publicada no Diário da República (2.ª Série – Parte E). 

Porque é que a Energia Reactiva é facturada (BTE)?

A nível internacional pretende-se reduzir, a um mínimo tecnicamente aceitável, o trânsito da energia reactiva que, como já se referiu, produz perdas de energia, por efeito de Joule, nas redes e nos transformadores e prejudica a utilização racional destes equipamentos, factos suficientes para obrigar à sua facturação sempre que os volumes consumidos ou fornecidos à rede tenham expressão (caso dos BTE ou de clientes de nível de tensão superior).

O que se pode fazer para evitar este “peso” na factura da energia?

A energia reactiva pode ser produzida no local onde é consumida, isto é, o próprio consumidor pode produzir, dentro da sua instalação de utilização, a energia reactiva de que necessita evitando que esta tenha de ser fornecida pela rede eléctrica que o alimenta.

Para isso deverá montar baterias de condensadores que produzem a energia reactiva de que necessita. Deve, no entanto, tomar em atenção dois aspectos importantes:

– O cálculo da capacidade dessas baterias deve ser feito por um técnico habilitado para o efeito (colocar baterias a mais, para além de aumentar o seu custo tem efeitos negativos e se colocar a menos continua a pagar). A Cooperativa A LORD está disponível para lhe elaborar, sem custos, esse cálculo;

– As baterias devem estar desligadas sempre que a indústria não esteja a funcionar (durante a noite, aos Sábados e Domingos).