Energia reactiva

O que é?

A energia reactiva é a energia responsável pela criação do campo magnético e, como tal, é consumida por todos os equipamentos que, pelo seu princípio de funcionamento, necessitam de campos magnéticos. São exemplo desses equipamentos: os motores, os “balastros” das lâmpadas fluorescentes, as fontes de alimentação de todos os receptores electrónicos, etc.

Esta energia, apesar de não apresentar custos de produção, provoca perdas nos transformadores e nas redes de transporte e de distribuição pelo que o seu consumo apresenta um custo elevado que tem de ser suportado pelos consumidores.

A Energia Reactiva é contada e facturada?

Nos clientes de baixa tensão normal (com potências contratadas até 41,4kVA) a energia reactiva não é medida e, como tal, não é objecto de facturação. Porém o aparelho que controla a potência contratada é sensível também a esta energia pelo que, indirectamente, ela tem reflexos na potência contratada do consumidor e, consequentemente, no valor da taxa de potência que paga mensalmente.

Para clientes de baixa tensão especial (com potências contratadas superiores a 41,4kVA), ou para outros níveis de tensão (MAT, AT e MT) a energia reactiva  é objecto de medição e tem um custo cujo valor unitário é crescente com o consumo do cliente. Nestas situações o cliente apenas pode consumir um volume de energia reactiva, sem custos, e durante o período das 8:00 às 22:00horas, não superior a 30% da energia activa que consome no mesmo período e não pode injectar para a rede, sem penalização, nenhuma energia reactiva no período das 22:00 às 8:00horas.

Porque é que a Energia Reactiva é facturada (BTE)?

A nível internacional pretende-se reduzir, a um mínimo tecnicamente aceitável, o trânsito da energia reactiva que, como já se referiu, produz perdas de energia, por efeito de Joule, nas redes e nos transformadores e prejudica a utilização racional destes equipamentos, factos suficientes para obrigar à sua facturação sempre que os volumes consumidos ou fornecidos à rede tenham expressão (caso dos BTE ou de clientes de nível de tensão superior).

O que se pode fazer para evitar este “peso” na factura da energia?

A energia reactiva pode ser produzida no local onde é consumida, isto é, o próprio consumidor pode produzir, dentro da sua instalação de utilização, a energia reactiva de que necessita evitando que esta tenha de ser fornecida pela rede eléctrica que o alimenta.

Para isso deverá montar baterias de condensadores que produzem a energia reactiva de que necessita. Deve, no entanto, tomar em atenção dois aspectos importantes:

– O cálculo da capacidade dessas baterias deve ser feito por um técnico habilitado para o efeito (colocar baterias a mais, para além de aumentar o seu custo tem efeitos negativos e se colocar a menos continua a pagar). A Cooperativa A LORD está disponível para lhe elaborar, sem custos, esse cálculo;

– As baterias devem estar desligadas sempre que a indústria não esteja a funcionar (durante a noite, aos Sábados e Domingos).